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Olá alma querida, fraternais saudações! Sim! escutar é uma arte que significa bem mais que ouvir, e poucos se dão conta disso. Escutar fraternalmente é se colocar no lugar do outro com serenidade e paciência, de maneira empática e procurar compreendê-lo não apenas com o cérebro, mas também com o coração.
Carl Rogers, um dos pilares da Psicologia Humanista, define assim a arte da escuta: "Saber ouvir é ter a capacidade de esvaziar-se de seus preconceitos, esvaziar-se de você por alguns instantes, deixar ser preenchido pelos sentimentos do próximo e realmente perceber e sentir o que é o outro".
Há um desejo em comum de todos nós, de sermos compreendidos pelo outro, sem julgamento, sem comparações e sem aqueles conselhos baseados nas experiências que nós não vivemos.
Infelizmente neste mundo que tem tanta pressa, poucos encontram tempo para escutar com atenção o outro, o que justifica as palavras de Madre Tereza de Calcutá - "Neste mundo há muito mais fome de atenção do que de pão".
Ao revelarmos o que existe em nossas mentes e em nossos corações, e encontrando o entendimento de alguém, eliminamos a distância que nos afasta uns dos outros, e uma nova esperança renasce em nossos corações. Na presença de um ouvinte receptivo, enquanto falamos, nós somos capazes de clarificar, perceber e organizar o que pensamos, descobrindo o que verdadeiramente sentimos dentro de nós.
Escutar o outro com respeito, sem aconselhamento, sem comparações sem interrupção, pelo tempo que ele necessitar é o grande desafio para nós que ouvimos muito e escutamos tão pouco.
Respeitar o outro não quer dizer concordar com ele, mas sim acolher e aceitar aquele que pensa diferente de nós. Escutar é acreditar na capacidade do outro, é estar ao lado de alguém, sem nenhuma pressa, buscando compreendê-lo.
Compartilhar e respeitar o silêncio do outro, nos leva também à conexão. Quietude também faz parte importante do diálogo, é uma forma de transmitir confiança e de dizer - sim, estou ao teu lado, você pode contar comigo.
Quando aquele que confiou em nós nos procura e recebe a nossa escuta serena e amorosa, ele mesmo, aos poucos, vislumbra novas possibilidades, para situações que lhe pareciam sem solução.
Praticar a boa escuta é um encontro de almas, uma arte que nos dá uma grande oportunidade de conhecer realmente a outra pessoa. Pratique-a, e corra o sério risco de mudar a sua opinião em relação ao outro.
A boa escuta vai ao encontro da nossa verdadeira natureza, a qual todos nós, seres em evolução, chegaremos um dia, que é o amor incondicional.
Com muita alegria e responsabilidade agradeço o convite da direção do nosso jornal Diário para escrever esta coluna quinzenalmente, às quartas-feiras, sobre espiritualidade e espiritismo, dando continuidade ao belo trabalho no nosso querido irmão de caminhada Jader Hoffmeister